segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Da arte de perder tempo - Pensando

Cuidar-te-ia sim. (pensou).
Cuidaria suavemente tua dor ...se quisesses meus silêncios mais próximos dos teus...
(e riu sozinha lembrando que já sabia que tudo é impermanente)
(E os olhos das cenas, que pareciam não entender disso, ficavam a procura de uma trilha sonora)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Nisso


Viver, agora, era sempre assim: um misto perdido entre o tempo e o vácuo.
Não teria nada de seu, isso já sabia mas, definhava uns versos bem bonitos pra esse nada que intuía.
Um dia, ao ver-se frente a frente com o verdadeiro nada, balbuciou que sim, que absorveria esse estar assim.
Depois de muito tempo quando olhou o retrato na parede e sentiu meia lágrima vindo, pensou que talvez tivesse escolhido errado.
Mas já era tarde, era sempre tarde. O agora sempre passava sem pedir licença nem socorro.
Foi pra casa e não chorou.
Recolheu algumas nesgas de memórias e queimou, isso sim.
Se não adiantaria, isso não importava, queimou por simbologia.
Quando acordasse de novo sim é que iria saber do gosto da fumaça e de outros tantos que a vida levou.
Ficar com tudo sim é que também não servia.
Ficar com o que?
Se sabia que não queria nada.
E o caracol foi passando com suas folhas tremeluzentes a cortar os raios de sol em fendas agudas.
Ninguém mais ouviu falar disso.
E era assim, naquele momento, era assim.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Simples


Não, eu não sei
Quantos tipos de sorrisos eu te poderia provocar,
Nem se eles seriam tão fundamentais e precisos e elegantes quanto o que já usas  
Eu não sei quantas felicidades te poderia provocar
Mas sei que poderia tentar bastante