sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Estando




O fio é tênue
Meu equilíbrio  ainda mais
Seguimos
(Seria caso de pausar?)
As ondas lambem a areia com algum tipo de benção que não sou capaz de nominar.
Nem isso...
(Há muitas coisas agora que não sou capaz de nominar).
Pode ser o começo de alguma sabedoria equilibrista?
Sim, pode.
E também pode não.
Dentro da noite, conseqüência do dia, afino entendimentos que quiçá, ninguém mais pensará.
(Juntar fragmentos não deveria vir assim, sem querer. Deveria acontecer somente quando se quer com muita força).
Treino a eventualidade: maestria de poucos.
Vislumbro a sagaz humildade tropeçando.
Cumpro rituais que sei necessários embora não imediatamente prazerosos.
(A areia lambida me olha com um quase desdém e eu respiro compassadamente)
São os mestres da desimportância a te favorecer (sussurra um dos meus outros eus a meu ouvido)
Sim, eu respondo. Sim, eu já sabia.
(O que ainda não encontrei de saber é como expirar esse estar tão tênue sobre a linha que não questiona, não faz questão, não escolhe)
Distraidamente a mercê, é para estar por desapego?