Suspirou de
como era bonito gostar assim sem expectativa.
Disse, que
era muito lindo olhar sem esperar por nada.
No meio da
noite fria
No meio dos cigarros
fumaças
No meio do
vinho bem tinto
Disse que
não ia parar.
Disse que
sabia agora como era isso de sentir bem.
Bem sentida,
acordada e não dolorosa olhou pra toda a lua em simples.
Disse que
não ia dormir sem dizer umas buenas noches a quem.
Respondi
que como, que nem ia saber o adorado ser receptor.
Respondeu-me que
sim, que saberia sim,
Que sem
saber saberia porque sentiria um bem.
Eu, que não
quis magoá-la sorri e fui.
Ficou lá
dando as buenas noches com toda aquela doçura-onírico-afetuosa pronta a
ocorrer, certa de que aquilo era bem.
E deve ter
sido...
(Que os bens
que se recebe sem saber são sempre os mais firmes?)