Desabrocha lua-nua
tô toda na tua
Blog da Betinha Mânica
sexta-feira, 17 de maio de 2013
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Lembretes da manhã
uma pétala passeia entre mim e o mundo
uma nuvem com cara de passageira voa sobre todas as casas
não estás em frente a meus olhos
só meu corpo entende o que vasculhas
e o vento excita...
Flo
às vezes me
enterneço
mas ninguém sabe,
com as flores na chuva perdendo pétalas,
com as folhas que não coloquei em teus cabelos,
com os cabelos que não descabelei ontem,
com tanta coisa, mas tanta...
que nem lembro tudo...
só lembro dos teus olhos olhando a chuva na flor
mas ninguém sabe,
com as flores na chuva perdendo pétalas,
com as folhas que não coloquei em teus cabelos,
com os cabelos que não descabelei ontem,
com tanta coisa, mas tanta...
que nem lembro tudo...
só lembro dos teus olhos olhando a chuva na flor
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Estando
O fio é
tênue
Meu equilíbrio
ainda mais
Seguimos
(Seria caso
de pausar?)
As ondas
lambem a areia com algum tipo de benção que não sou capaz de nominar.
Nem isso...
(Há muitas
coisas agora que não sou capaz de nominar).
Pode ser o
começo de alguma sabedoria equilibrista?
Sim, pode.
E também
pode não.
Dentro da
noite, conseqüência do dia, afino entendimentos que quiçá, ninguém mais
pensará.
(Juntar
fragmentos não deveria vir assim, sem querer. Deveria acontecer somente quando
se quer com muita força).
Treino a
eventualidade: maestria de poucos.
Vislumbro a
sagaz humildade tropeçando.
Cumpro
rituais que sei necessários embora não imediatamente prazerosos.
(A areia
lambida me olha com um quase desdém e eu respiro compassadamente)
São os
mestres da desimportância a te favorecer (sussurra um dos meus outros eus a meu
ouvido)
Sim, eu
respondo. Sim, eu já sabia.
(O que ainda
não encontrei de saber é como expirar esse estar tão tênue sobre a linha que
não questiona, não faz questão, não escolhe)
Distraidamente
a mercê, é para estar por desapego?
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Da loucura suave e mais alguns arrepios
Convidada
por teus olhos,
transbordo-me
em teus mares.
Alinhavo
teus entornos enquanto te desenhas no espaço (insuficiente).
Quando
caes em mim, afogando todas as minhas reticências,
sorrimos
até o riso.
Este,
amplo e voluptuoso, esmaga os talvezes e os senões.
Partimos
estrada afora (de mãos dadas sempre que possível).
Ninguém
sabe o caminho...
...nem
nós.
E
pouco importa.
É
alegre, exuberante,
E
parece sincero.
(Até
quando finjo tremer de medo para deliciar-te de ventanias brincadas)
sábado, 17 de novembro de 2012
Depoimento simples escrito sob elegante encanto (estilo ‘sob efeito do canto da sereia’)
Essas coisas tão boas de viver...
Corpo ficando
quentinho quando antes enregelado,
Corpo ficando
fresquinho quando antes cheio de quentura,
A sede sendo
afogada a cada gole d’água,
O sono
habitando aos poucos o ser-total no desmanchar do quase-dormir,
Os braços se
irem abrindo pra receber um corpo,
O corpo no
meio do abraço,
O oco
preenchido do corpo que abraça,
Cheiros-aromáticos-inebriantes
desnorteando os sentidos,
Gemidos involuntários
explodidos por esses cheiros,
Gemidos involuntários
nascidos da delicadeza selvagem do tato e do gosto na lingua,
O sorriso
que diminui os olhos de puro gozo,
Olhar o
corpo nu da lua deitada em pose na noite,
Cada escama
arrepiada ao toque onírico-afetuoso,
O vento na
pele,
Os dedos do vento
nas pérolas da borboleta que mora nas encruzilhadas do polvo...
Assinar:
Postagens (Atom)