Essas coisas tão boas de viver...
Corpo ficando
quentinho quando antes enregelado,
Corpo ficando
fresquinho quando antes cheio de quentura,
A sede sendo
afogada a cada gole d’água,
O sono
habitando aos poucos o ser-total no desmanchar do quase-dormir,
Os braços se
irem abrindo pra receber um corpo,
O corpo no
meio do abraço,
O oco
preenchido do corpo que abraça,
Cheiros-aromáticos-inebriantes
desnorteando os sentidos,
Gemidos involuntários
explodidos por esses cheiros,
Gemidos involuntários
nascidos da delicadeza selvagem do tato e do gosto na lingua,
O sorriso
que diminui os olhos de puro gozo,
Olhar o
corpo nu da lua deitada em pose na noite,
Cada escama
arrepiada ao toque onírico-afetuoso,
O vento na
pele,
Os dedos do vento
nas pérolas da borboleta que mora nas encruzilhadas do polvo...
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