quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Líquidos insólitos



Bêbada de idéias, (como de costume aliás) esboço esse pensamento plurideslocado.
Quando olho essas cervejas, tintos, conhaques, uísques, champagnes e vinho branco espumante seco natural (que a pouco não sabia existir), me pergunto.
Perguntada, não respondo-me.
Estilo da questão: beber só, é compaixão?
Porque, afaga-me a filosofia, se a bebida faz reuniões das mais improváveis, o beber só, que sentido?
(Não tem nada doce nesse armário meu onde contemplo as garrafas de todos os etílicos listados antes. Já isso é um sinal?)
Quando nos embrulhamos em faltitudes estúpidas é mais amargo ainda, talvez. (faltitude é saudade).
Digo estúpidas porque as inventamos mesmo, inteiras. Inventamos saudades daqueles que não nos abençoam com muito mais que alguns segundos de sua existência compartilhada (os chamados ‘difíceis’).
...e a verdade (mais triste) é que refleti sobre tudo isso por pura falta de jeito de chegar nuns determinados olhos e dizer se quereria beber comigo...
(sigo encantanda achando que nos beberia com bom gosto).
Tempos deveras estranhos... ‘curtir’ que o outro bebeu (querendo ser a bebida, seria isso insincero?)
Talvez estejamos mesmo perdidos entre os tempos.
De qualquer maneira, espero.
...encantada (mesmo longe de confundir-me com princesinhas até porque, hoje ganhei uma coruja esculpida e vi outras tantas, muito próximas de mim, tão próximas que dei de amá-las como uma louca sem estimações mais tocáveis).
E encantada, apenas sigo essa pergunta (que não faço por algum tipo de conflito – decerto destes de timidezes) ecoando em meus trôpegos pensares: se quererias beber comigo.

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