quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O outro lado


I – Quando se levantou para dizer olá derrubou tudo a sua volta.
Depois corou. Depois respirou. Depois descobriu que o olá era para a pessoa que estava a seu lado.
Ficou sozinha no meio do susto...

II – Quando se levantou para dizer olá derrubou tudo a sua volta.
Depois corou. Depois respirou. Depois descobriu que o olá não era para si. Era para a sensação que provocava.
Tendo desmoronado tudo quebrou o olá e ficou sozinha no meio do assombro dos dois.

III – Quando se levantou para dizer olá derrubando tudo a sua volta os relógios dos mundos apertaram todos os stops menos o de sua fragrância mental.
Viu-se cercada por elfos e gnomos em meio a um sonho insano com girassóis ventando. A sua frente uma mão estendida sem luvas fazia promessas noturnas. O mundo que corria em volta cantando frenesis era soberbo e sonolento. Sua própria pele pulsava a maneira de um coração cheio.
Pegou a bolsa na cadeira caída e saiu do lugar.

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