Porque
não queria estar condenada a viver apenas o visível, voava.
E
porque voava, caía ás vezes.
E
quando se erguia, do meio dos pedaços da quebra,
Dizia
outro sim ao risco.
Ninguém
percebendo o espaço arriscado, eventualmente se poderia supor que estaria a
queda inútil, mas não:
Era
assim que, suavemente,
Caindo
das altitudes múltiplas,
Intervinha
dia após dia nos melindres de estar.
Para
não estar a esmo,
Voava.
E
por voar, caía
E
depois de se levantar, voava.
E
por voar, caía.
E
depois de se erguer, voava.
E
por voar, caía.
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