Dentro
de algum tempo, o esperado é que
Já
não pensarei assim em você.
Já
não olharei ávida para todos os lugares em que você poderia estar.
Já
não serei tão carinhosamente aberta aos seus pode-ser-que-venha (ou vá).
Já
não ficarei boba olhando em seus olhos mesmo que seja em uma fotografia.
Dentro
de algum tempo eu terei aprendido muscularmente a ineficácia de querer você.
Não
importa se a esse tempo eu já queira ou não um outro corpo,
Um
outro aguçador cabelo,
Um
outro rir naufragador,
Um
outro humor refinado,
Um
outro chego - não chego.
...possivelmente
você nem irá saber sobre meus tempos.
De
qualquer maneira eu terei,
a
custo é verdade,
esquecido
do querer.
E
se nesse tempo, que se fará, você tiver vontade de mim?
...possivelmente
eu nem saberei.
É
muito provável que você não me deixe saber de sua vontade porque, vai delirar
que demorou demais e não seria justo,
Não
seria elegante,
Nem
amável.
Talvez
você tenha medo de me fazer saber,
Se acontecer de lembrar-se-em-mim.
E
assim, estará sepultando mais uma história de corpos (e ânimas).
(que
não precisaria ser menos efêmera mas que poderia ter sido mais vezes tão
divertida quanto)
E
pergunto ainda:
-Quem
ou o que se importará disso?
Nada
...
nem
ninguém.
É
provável (muito provável) que eu ‘nunca’ esqueça o quanto eu queria ter vivido
mais intensas lindezas em nós.
O quanto achei bom senti-lo. Quanto alento onírico-afetuoso
você explodiu em mim.
E
você, ficará pra ‘sempre’ sem saber do ris(c)o que não (o)usou brincar.
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