sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Que nome tem?




Minhas fronteiras desertas.
Minhas veias abertas.
Um crepúsculo infinito.
As vozes
As sombras
Esse vão por entre os múltiplos espaços concretados no ‘mundo real’.
O cansaço contido entre olhar e experienciar.
Experimento dormir.
Quando quase consigo, emergem atrozes os conceitos
...famigerados conceitos
Atropeladores da vacuidade.
Destemperados eles invadem meu quase-sono.
Entrevejo de novo todo o muito que olho (lá dentro do horizonte) e não alcanço tocar.
Chamo nomes sistematicamente.
Me alongo em direção a eles, decididamente.
      Até que,
                  parada,
                            Contemplo.
          Sem entender, calar.
(calar não é o silêncio mais profundo. O profundo tem  uma música de ouvir pela pele. Estou desafinada)
                E o caminho de volta...
(despertar não é acender os olhos depois do quase-sono. Despertar seria ter demolido esses conceitos enlouquecedores)
A noite, correr atrás do sono.
Pelos dias, andar atrás de acordar-se.
E perceber de vez em quando que o que habita não identifica nem desarma
depois que o sussuro morre na boca.
E para (des)pensá-lo tem que obrigar-se a estar em outro ponto desses esquadros: que nunca existiu.


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