quinta-feira, 15 de março de 2012

Re-trato



Não sei se conheço conceito para o belo.
Tenho sensações do belo, que não precisam estar acompanhadas de aceitáveis belezas.
(Entende?)
Imagens me fascinam.
Imagens que tem mais ânima do que ‘materialidade’ praticamente me neutralizam de tanto bem que sinto.
Verdade.
Renovam-me o entender do que eventualmente possa ser o tal do encantamento.
Verdade.
Quando pelos olhos sinto, me descomponho de mim, torno-me outra coisa. (E isso também acho belo)
Verdade.
Imagens me neutralizam eu disse. Disse que descolada de mim é como se eu me torna-se a imagem que me encanta.
E mais não sei explicar.
Porque fico assim, praticamente sem respiro
Sem pretensões nenhumas
Sem esperança (isso é a melhor parte)
Suspensa.
Estando nisso, deixo até de desejar o que acaso a imagem contenha mesmo quando, me encante o lindamento da imagem em qualquer momento externo, anterior ou alheio ao do encantamento (esse que tento, em vão, explicar)
Ai, ai... que bem que faz gostar assim.
Acho tão bonito isso.
Verdade.
Gostar despretenciosamente ainda me parece a ponte preciosa entre o simples de estar e a sutileza de perceber.
É calmo. E atemporal?

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